Na quarta-feira (4), a advogada, empresária e influenciadora Deolane Bezerra realizou um exame de corpo de delito após ser detida em uma investigação sobre uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e jogos ilícitos. Solange Bezerra, a mãe dela, também foi presa.
O procedimento foi conduzido no Instituto de Medicina Legal (IML), situado no bairro de Santo Amaro, no coração do Recife.
A TV Globo registrou o momento em que a advogada e a mãe dela chegam numa viatura policial e, em seguida, entram em uma sala. A advogada ficou pouco tempo no local e saiu dentro de viatura, sem ser vista pela imprensa.
A empresária foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina do Recife, na Putinga, na Zona Oeste do Recife.
Segundo informações apuradas pela TV Globo, a audiência de custódia só deve acontecer na quinta-feira (5).
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Reintegração Social de Pernambuco (Seap), “por ser um caso de grande repercussão, a unidade prisional adotou as medidas de segurança apropriadas para garantir a integridade física do indivíduo privado de liberdade, mantendo-o em uma cela isolada”.
Enteada como foi a Prisão
A detenção de Deolane ocorreu num hotel localizado no bairro de São José, no centro do Recife. A Polícia Civil de Pernambuco confirmou a informação à TV Globo.
A operação “Integration” iniciou suas investigações em abril de 2023. Segundo a Polícia Civil, também foi determinado o confisco de propriedades como automóveis de alto padrão, propriedades imobiliárias, aviões e embarcações de diversos investigados.
Também foram requeridos a entrega de passaportes, a suspensão do porte de armas de fogo e o cancelamento do registro de armas de fogo de diversos indivíduos.
A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e as polícias civis de São Paulo, Paraná, Paraíba, Goiás e Minas Gerais apoiaram as investigações. No total, 170 policiais participam da operação.
Depois de serem detidas, mãe e filha foram encaminhadas ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), localizado em Afogados, na região oeste da cidade. A mãe de Deolane sofreu um mal-estar e teve que ser transferida para um hospital privado da cidade para receber assistência médica.
A Interpol e as polícias civis de São Paulo, Paraná, Paraíba, Goiás e Minas Gerais colaboraram com as investigações. Ao todo, 170 policiais estão envolvidos na operação.
Após serem presas, mãe e filha foram levadas para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), situado em Afogados, na parte oeste da cidade. A mãe de Deolane foi acometida por um mal-estar e precisou ser levada para um hospital particular da cidade para receber cuidados médicos.
De acordo com o delegado Renato Rocha, somente em um local foram localizados 11 relógios da famosa marca “Rolex”. Um dos suspeitos já é visto como foragido da lei.
Dentre os itens confiscados estão:
- 2 helicópteros
- 1 avião
- carros de luxo, sendo um na mansão de Deolane Bezerra
- embarcações
- imóveis
- joias
- notas de dinheiro em euro e dólar
- bolsas de luxo
- garrafas de vinho avaliadas em torno de R$ 5 mil cada uma.
A defesa
O escritório de Adélia Soares, advogada que representa Deolane e Solange, divulgou um comunicado nas redes sociais declarando que a investigação é confidencial e que a revelação de detalhes específicos do caso não é permitida.
“não só desrespeita o direito à privacidade da investigada, como também pode configurar violação de segredo de Justiça, sujeitando os responsáveis às devidas sanções legais”.
“Ressaltamos que a Dr. Deolane Bezerra tem plena confiança na Justiça e permanece à disposição para colaborar com as autoridades competentes, de modo a esclarecer todos os fatos. Além disso, informamos que o corpo jurídico da Dra. Deolane já está tomando todas as providências cabíveis para garantir o respeito ao sigilo processual e para responsabilizar aqueles que, porventura, estejam divulgando informações inverídicas ou confidenciais de forma indevida”, diz a nota publicada.
Em suas redes sociais, Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, afirmou que a irmã e a mãe são inocentes.
“Mais uma vez, venho aqui por minha cara a bater e falar que estamos sendo perseguidas. E que vamos provar a nossa inocência, custe o que custar. Espero que não venham especular e que não me perguntem nada. O que eu tinha para dizer, está dito aqui. E se eu tiver alguma atualização, eu venho falar, porque nós não temos vergonha e nós não devemos nada”, afirmou a irmã.